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Arquitetos: Inês Lobo Arquitectos
- Área: 13000 m²
- Ano: 2010
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Fotografias:Leonardo Finotti
Descrição enviada pela equipe de projeto. Reutilizar: Reutilizar é usar mais de uma vez. Isto inclui a reutilização convencional, onde o item é usado novamente para a mesma função ou para uma função diferente. Reutilizar obriga a leitura daquilo que o tempo nos vai deixando, e que tem de ser feita em intervalos de tempo cada vez mais curtos, reconhecer uma estrutura reinventando um modo de habitá-la, revelar as suas qualidades, entender o seu propósito e decidir como transformar.
Programa: Adaptação do programa da escola ás exigências do ensino de hoje, em que os temas fundamentais são: a escola aberta à comunidade, a escola como espaço de permanência, a escola como espaço de liberdade das crianças.
Programa existente: Um edifício construído em 1969, em bom estado de conservação. Uma Escola que sempre ocupou o espaço com grande inteligência e cuidado.
Subtração: Decidir o que amputar em um corpo que aparentemente funciona, mas que não resiste à introdução do novo programa. Subtraem-se: construções anexas, o corpo central da escola que liga edifícios principais e polidesportivo e escava-se um pátio.
Adição: Adicionam-se um novo corpo que volte a ligar as construções existentes, três núcleos que resolvem os acessos e áreas técnicas. A construção nova, por contraste com a construção existente, éum edifício baixo que abriga sobretudo programas em que se pretende uma relação forte com o exterior, como sejam as salas para ensino das Artes, o Refeitório/Bar e a Biblioteca. Áreas de infraestrutura são ainda incluídas neste edifício, assim como todas as áreas de serviço do refeitório e dos laboratórios, além das oficinas de Artes Visuais. Formal e funcionalmente o edifício pretende, sobretudo, definir-se como espaço fortemente relacionado com os espaços exteriores adjacentes, articulando as duas cotas diferentes.
Estratégia: Reutilizar os edifícios originais recuperando sistemas e materiais construtivos. Desenhar os novos edifícios como peças dos vazios exteriores. A proposta na sua globalidade tem como pressuposto fundamental a não sobreposição da nova construção à construção existente, e a manutenção ou mesmo enfatização do esquema funcional e formal atual, em especial a relação das duas cotas exteriores associadas à construção.
Tornar as circulações mais claras. Ampliar as possibilidades de relação com o exterior. Da nova proposta resulta, então, um novo desenho dos espaços abertos em torno da escola, estabelecendo de forma clara duas tipologias de espaços.